quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

365 dias convivendo com seu próprio lixo

Há um ano atrás o norte-americano Dave Chameides começou a armazenar em sua casa todo o lixo que produzia. Em 31/12/2007 postou em seu blog o motivo para iniciar a original experiência, as regras de armazenamento de seu lixo e o que pretendia com tal ação. Todas as embalagens e produtos comprados e consumidos por ele foram mantidos em casa por todo o ano de 2008.

Ao fim da experiência Dave pode perceber como insustentável é a nossa forma de viver e consumir. Ressaltando a importância de pensar sobre os efeitos de nossas atitudes, na forma de encarar a produção de seu próprio lixo e as decisões de consumo que permeiam essa produção.

Neste fim de ano Dave convida os leitores do blog que façam a experiência por apenas uma ou duas semanas. A intenção é de que outras pessoas percebam, assim como ele, que a mudança de hábitos é inevitável.

Conheça mais esta original experiência no blog de Dave!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Marina Silva em defesa da sustentabilidade

Dois estudantes, Giuliano Sorelli e Carlos Canhisares, em uma viagem por 12 universidades brasileiras divulgaram e convidaram os estudantes para participar do I Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade. E perceberam que muitos estudantes, até mesmo de biologia e economia, desconheciam o conceito de sustentabilidade e depois de toda a campanha pessoal, só receberam 130 presenças no fórum. Apesar da falta de mobilização, muitos estudantes demonstraram interesse pelo tema.

Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, fez uma declaração a respeito da tentativa e fracasso de mobilização feita pelos estudantes. Além da abordagem sobre a falta de garra e esperança no engajamento do desenvolvimento sustentável, a ex-ministra citou a falta de espaço e estímulo de debates do tema nas universidades. Segue a declaração por completo abaixo e vale a pena conferir!

“Li na internet sobre a decepção de dois universitários, Giuliano e Carlos, que após percorrerem cinco mil quilômetros em nove estados, para sensibilizar estudantes de doze universidades e incentivá-los a ir ao Fórum de Comunicação e Sustentabilidade (realizado em junho, em Brasília), viram seu esforço reduzir-se a 130 presentes, de uma lista de mil inscritos, que foi o que restou da expectativa inicial de três mil participantes. Ambos foram compreensivelmente críticos com a apatia dos colegas. Chamaram-nos de superficiais e escandalizaram-se com o desconhecimento diante do tema, por parte de quem deveria ser vanguarda das iniciativas por um mundo sustentável. Ao mesmo tempo, registraram sinais positivos de interesse, tanto de estudantes que prometeram “pensar no assunto” quanto de muitos que espontaneamente os abordaram durante a viagem. Observaram também que as pessoas se reconhecem no conceito de sustentabilidade quando ele é associado ao seu dia-a-dia.

Quero dizer a Giuliano e Carlos que seu trabalho foi admirável e os resultados muito bons, até porque levantaram de maneira inusitada uma grande e necessária interrogação: de que maneira, hoje, um jovem pode pretender ser revolucionário e questionar as estruturas?

Certamente não o será por meio dos fetiches do consumo, da revolução fast food entregue em casa - by delivery - pela televisão. Será na mediação entre o vivido e o compreendido pela via das informações, da imaginação, da ação e das emoções. Será sempre caminhando no rumo de uma bela utopia.

Do tão falado ano de 68, em que jovens no mundo todo foram às ruas para lutar por liberdade, uma das melhores palavras de ordem é: “queira o impossível”. Este é o combustível da garra, da tenacidade, dos sentimentos universais que nos tiram da armadilha solitária do individualismo exacerbado, do cipoal da mediocridade, e nos dão pernas, asas, coragem e a companhia de milhares de pessoas interessantes, idealistas e generosas. A rebeldia de 68 exigia liberdade, democracia, paz, alegria. Atacava a hipocrisia dos costumes e as instituições autoritárias. Influenciou inúmeros movimentos posteriores que ajudaram a desenhar os contornos da utopia de agora, da revolução de nossos tempos. Que mudou de tom, tornou-se mais complexa, sofisticada, e menos um enfrentamento linear com o “mal”, pretendendo saber exatamente o endereço e o nome do “bem”.

Hoje, a utopia é mais exigente, porque o “bem” e o “mal” não estão evidentes, não estão encarnados na individualidade de heróis. Estão na trama, no tecido, no encontro das diferenças e na capacidade individual e coletiva de descobrir identidades, objetivos comuns. Hoje, está agudamente claro que a revolução é civilizatória e depende muito mais de entendimento do que de doutrina. E o que mais se aproxima disso são os princípios, práticas e metas expressos no conceito de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade, cuja realização depende de múltiplos saberes, estímulos e de escolhas cotidianas. Não há senha ou cartilha, nem carteirinha e nem forma específica de adesão.

É verdade que o uso do discurso “sustentabilista” como mera ferramenta de marketing complica e confunde. Daí a importância da insistência, da criatividade e da expansão dos temas que trazem o cerne do conceito, ou seja, equilíbrio ambiental, eqüidade social, economia não predatória, respeito à diversidade e recriação da prática política. Em tese, universidades seriam o espaço de acolhimento e fecundação do desenvolvimento sustentável, não só como objeto do conhecimento acadêmico mas como bandeira de engajamento político. E isso não está acontecendo, como Giuliano e Carlos constataram com angústia e constrangimento.

Mas não devem criticar apenas o jovem que faz cara de paisagem. É preciso, também, questionar a própria instituição Universidade, com seu estranho alheamento, em plena crise ambiental global aguda, exposta em todas as mídias. Que tipo de estímulo os jovens recebem? Quem são hoje nas universidades os grandes intelectuais, mentores e fomentadores da atitude de mudança?

As entidades estudantis, por sua vez, parecem ainda não terem ressignificado suas formas de organização e militância para dar conta das questões do presente. Talvez não tenham sabido fazer a transição da pauta política de décadas atrás, ou percebido quais os caminhos da transformação das estruturas na atualidade.

O alheamento também traduz descrença generalizada, o que induz à descrença em si mesmo, à sensação de impotência ante a magnitude dos desafios. Você se limita a assistir. Assiste ao espetáculo dos problemas sociais, da fome na África, da degradação ambiental global, da violência, da intolerância, sem se ver, em nenhum momento, como parte do problema ou da solução. É o sujeito-espectador. Como diz o provérbio bíblico, vê mas não percebe, ouve mas não compreende e, às vezes, sente mas não se compromete.

Estamos submetidos à superexposição da informação, sem nenhum chamado ao compromisso. É um combinado de hiperassimilação dos problemas com baixo nível de consciência e atitude.

Portanto, que os muitos Giulianos e Carlos das utopias civilizatórias não desanimem! Ao contrário, agora é que precisamos de todo o nosso ânimo e de tranqüilidade para descobrir ganhos, mesmo nos momentos em que, aparentemente, o fracasso é retumbante.”

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Loja de Comércio Justo e Solidário em Vila Velha


A Loja Arte Solidária é a concretização de um dos objetivos do projeto Bazar Social, financiado pela Petrobrás dentro do programa Ciranda Capixaba. Esta loja prevê a consolidação mercadológica e autonomia financeira dos produtores ao final de dois anos de financiamento deste projeto.

Os grupos se organizaram e com apoio do Movive inauguram esta primeira loja administrada sob a forma de autogestão, o mix de produtos é variado, valoriza os produtos recicláveis, reutilizáveis e as potencialidades locais dos municípios como a palha do café, bagaço de cana, resíduos da Indústria moveleira e a fibra de bananeira entre outros.

O diferencial está no caráter conceitual, onde a loja segue os princípios da Economia Solidária e do Comércio Justo Solidário, destacando-se a preservação ambiental, valorização do ser humano e a equidade nas relações produtivas.

A Loja Arte Solidária está instalada numa das áreas mais movimentadas da Praia da Costa na Rua Piauí , número 19, próximo ao Shopping Praia da Costa e foi esta semana!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cecaes promove cultura capixaba

O Centro Cultural Caieiras (Cecaes), parceiro social da Unimed Vitória, busca por meio do projeto “Cultura Capixaba” – Vista esta Camisa, a venda de camisetas para a divulgação e valorização cultural do Espírito Santo.

O Cecaes tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de jovens em situação de risco social e promover a inclusão de crianças e adolescentes de bairros periféricos de Vitória.

O objetivo da loja é fazer com que os capixabas e turistas vistam a cultura local, além de valorizar a história capixaba, por meio da divulgação nas estampas das camisetas, como o Convento da Penha, o homem tocando casaca, entre outras.

As camisetas estão à venda na Estação Siri Mole, loja do CECAES sediada no Píer da Ilha das Caieiras, em Vitória. Os valores são de R$ 25,00 (baby look) e R$ 30,00 (normal).

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

XXIII Congresso Nacional das APAEs

Com o tema “A diversidade no ciclo da vida do individuo, da família e da sociedade”, a 23º Edição do Congresso Nacional das APAEs realizada nos dias 04 à 07 de novembro no Centro de Convenções de Vitória, reuniu aproximadamente 3.550 pessoas de todo o país.

O congresso contou com a participação de 250 palestrantes e autodefensores de todo o país e alguns palestrantes internacionais. Todas as palestras e mesas-redondas tiveram o acompanhamento de tradutores de libras para que a mensagem pudesse chegar a todos.

Durante todos os dias foi montada uma área de exposição onde as APAEs de Vitória, Cariacica e Marataízes fizeram a exposição e venderam os trabalhos realizados pelos alunos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tijolos Ecológicos


A construção e reformas de casas com blocos de solo-cimento, conhecidos como tijolos ecológicos, são realidades no bairro São Benedito, em Vitória. O grupo de associados do projeto Bem Construir fabrica esses tijolos há três anos e a produção se destina, principalmente, ao mercado da região.

Na foto acima está a casa de dona Catarina da Conceição, associada da fábrica, que já está em fase de acabamento e é uma das primeiras a serem construídas com esse tipo de bloco.

O controle de qualidade é feito no Laboratório de Ensaios em Materiais de Construção (Lemac) da Ufes e o coordenador Fernando Avancini, professor do curso de Engenharia Civil, garantiu que a construção tem uma estrutura forte para durar 50 anos. De acordo com o arquiteto Renato Alves Júnior, que acompanha as obras realizadas na região, o uso dos tijolos ecológicos reduz o tempo de construção e o preço, custando mais de 15% mais barata.

Esses blocos são considerados ecológicos por causa do processo de produção que não envolve a queima do tijolo, que gera poluição do ar. Os tijolos ecológicos também possibilitam a passagem das instalações hidráulica e elétrica por dentro dos buracos que neles existem, reduzindo bastante a quantidade de entulho gerado pela reconstituição das paredes.

O Bem Construir nasceu como uma fábrica de tijolos ecológicos. A idéia inicial era que os integrantes do grupo, ao desmancharem suas casas de madeira, as reconstruíssem utilizando os tijolos ecológicos, em regime de mutirão. Hoje, além disso, ocorre também a geração de trabalho e renda com a comercialização dos tijolos no mercado externo. O Bem Construir nasceu dentro da associação Ateliê de Idéias, localizada no bairro São Benedito.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Índice de sustentabilidade inclui novas empresas

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) é um indicador de ações realizadas por empresas que se comprometem com a sustentabilidade e a responsabilidade social. O índice é monitorado pela Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa - e apresentou nesse último mês algumas alterações no quadro de empresas participantes.

A revisão da carteira de empresas do ISE é revista anualmente. A partir do dia 1º de dezembro algumas empresas foram incluídas no ISE. São elas: Celesc, Duratex, Odontoprev, TIM, Oi e Unibanco. Apesar de algumas inclusões, muitas empresas foram excluídas, entre elas está a Petrobras.

Os motivos da exclusão ainda não foram divulgados oficialmente pela Bovespa. A Aracruz, Copel, CCR Rodovias, Copel, Iochpe-Maxion e WEG também estão entre as empresas que não farão mais parte do índice em 2009. O Instituto Ethos, em nota, comenta que a exclusão de empresas da carteira representa um amadurecimento da avaliação e a não aceitação do “marketing verde”.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os reflexos do uso do meio-ambiente em Santa Catarina

Muitos especialistas, diante das enchentes em Santa Catarina, afirmam que é muito cedo responsabilizar somente o aquecimento global pelos acontecimentos. A primavera chuvosa com solos encharcados, acrescidas das marés altas, impermeabilização dos solos com a urbanização acelerada e desmatamento das áreas nas encostas são fatores que contribuem para o desastre no sul do país.
Em um estudo realizado pela SOS Mata Atlântica, de 2000 a 2005, o estado de Santa Catarina foi campeão em desmatamento, suprimindo 45 mil hectares de Mata Atlântica durantes estes anos. Enquanto fala-se de devastação na Amazônia não percebemos que outras áreas no Brasil também sofrem com a ação do homem sobre o meio-ambiente. Fica para o Brasil o alerta de que as tragédias em Santa Catarina refletem o futuro de todas as cidades com chuvas torrenciais e grandes secas.